Muitas
vezes em nossas vidas situações acontecem sem percebermos ou entendermos o porquê.
Uma amizade de anos acaba, ou um casamento... Por quê?
O que
acontece na verdade é muito simples e eu e você já vivemos isso algumas vezes.
Eu sempre fui do tipo de pessoa que enxerga o copo metade vazio ao invés de
metade cheio. Na minha cabeça, grandes histórias e teorias se formavam em
explicação do porque certa pessoa agiu de certa maneira, e conforme eu me
aprofundava nesses pensamentos e teorias, mais eu podia ver como aquela pessoa
era má e ruim e como eu deveria agir a respeito.
Apenas um
pequeno pensamento ruim é plantado e se torna suficiente para causar grande
estrago em nossas vidas e das pessoas que temos relacionamento. O nosso inimigo
constantemente sussurra em nossos ouvidos palavras negativas contra as pessoas,
e quando aceitamos essas palavras, começamos agir de acordo com o que ouvimos e
não com a realidade dos fatos. É então que as coisas fogem do controle e muitas
vezes se tornam irreversíveis.
Muitas
vezes começa com coisas simples do dia a dia, como levar o lixo para fora,
guardar uma roupa, dar um sorriso de Bom Dia. O inimigo vem com sua forte
presença no ambiente e sussurra em nosso ouvido: “Nossa, nem guardar a roupa
essa pessoa consegue fazer? Meu Deus!!” ou “Nossa, nem um sorriso de Bom Dia, o
que tem de errado com essa pessoa hein?”
E é quando
aceitamos este primeiro pensamento, que as coisas começam a escalar para outros
níveis. Então nossa visão fica alterada, e tudo que essa outra pessoa faz passa
a ser visto através desses óculos negativos e acusadores. Da próxima vez que ‘notamos’
algo, resolvemos falar algo a respeito e mostrar que estamos cientes de tal
comportamento. Muitas vezes o inimigo já está trabalhando na outra pessoa
também, e então começa o jogo de apontar o dedo e culpar e acusar o outro.
Longas discussões, e desentendimento. Tanta coisa é falada e no fim, nem
sabemos por que aquilo começou...
O acusador
dos irmãos é muito forte e poderoso, SE o deixarmos plantar esses pensamentos
em nós. O diabo é o que acusa, rejeita e condena. Deus nos acolhe e nos ama.
Por aí podemos ver qual está sendo nossa atitude e de onde estão vindo nossos
pensamentos e atitudes.
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora
é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu
Cristo; porque já o acusador de nossos
irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. Apocalipse 12:10
Os pensamentos
que ele lança são sutis, e trazem tormento, confusão e raiva para nós e para o
ambiente ao nosso redor, nos impedindo de ver a realidade dos fatos, ou de
ouvir a voz do Espírito Santo nos mostrando a verdade sobre tal situação.
Muitas
vezes eu me deixei levar por esses pensamentos e os resultados não foram
bonitos. Até a hora de dormir é um tormento, onde passamos tempo pensando e
pensando. Acordamos no dia seguinte mais cansados com o peso de todos esses
pensamentos, e o nosso dia é afetado. Cada dia nosso nessa terra é um presente
e não devemos levar de qualquer jeito, devemos aproveitar ao máximo não só os
dias, mas as pessoas ao nosso redor.
Deus nos
diz em sua palavra em Efésios 4:26:
Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira.
Ele diz
para não colocarmos o sol sobre a vossa ira, ou seja, dormir com contenda,
mágoa e ressentimento em nosso coração. Não devemos levar para outro dia esses
sentimentos e deixar que eles criem raízes em nosso coração e afete nossos
relacionamentos. Nós podemos ficar irados, indignados, mas não podemos pecar. E
o inimigo se aproveita disso para nos levar a outros níveis.
Vou passar
para vocês um trecho de um livro que estou lendo e estou gostando muito, da
Lisa Bevere, se chama, Be Angry, But Dont
Blow It (Fique irado, mas não exploda). No livro, além de expor suas experiências
pessoas, Lisa da alguns exemplos sobre essas situações e mostra versículos
também.
O estado Preparar é quando a adrenalina
começa seu percurso em nossas veias, transportando sangue a nossos músculos conforme
eles ficam tensos em reação. Até mesmo nossa respiração fica mais intensa para
acompanhar qualquer necessidade de termos mais ar, e o nosso coração bate mais
rápido. Estamos numa situação de irritação e agitação. As pessoas ao nosso
redor podem nem estar cientes de nosso alto estado de Preparar. Eles
não ouviram os tambores de nosso sargento interior, comandando: Preparar!
Apesar de ter soado em cada nervo e célula de nosso corpo.
Existe um inimigo lá fora! Fique de guarda!
Prepare-se para atacar ou ser atacado! Mesmo agora você calibra sua resposta de
acordo com a intensidade dos seus sentimentos. Quão chateada estou? Estou sendo
razoável? Ou meu raciocínio foi tomado? As forças emocionais e físicas da ira
nos prepararam para algo, e estamos prontos, mas e agora? Agimos ou fugimos?
De repente o segundo comando é dado, “Apontar!”
Nós nos damos conta de que com isso faremos nossa arma conhecida a todos. Se
alguém estivesse em dúvida se estávamos chateados.... agora eles tem certeza!
Nós levantamos e ajustamos a arma de nossa escolha mirando nosso alvo. Nós já
miramos, mas quão longe iremos ir? Talvez a identificação do ofensor irá
aliviar a necessidade para agir além disso. Agora estamos prontos para o
confronto. Estamos armados, mas possivelmente não perigosos ainda. Simplesmente
apontar a algo, não nos obriga a atirar. Quer a arma atire ou não, uma vez mirada
a outra pessoa, toda a dinâmica imediata do relacionamento muda.
A ira continua a para raiva e para fúria
conforme nossa temperatura aumenta, e nesse ponto já estamos comprometidos a
atirar. Um elemento de desespero e medo foi introduzido. Nós temos que destruí-lo
ou nós seremos destruídos, então olhamos para o humano ofensor como alvo. Mas
quando o atingiremos? Nós queremos o machucar temporariamente ou o aleijar para
o resto da vida? Ou será necessário elimina-lo completamente da cena? Nesse
caso devemos apontar para um órgão vital, como o coração. Em nosso estado de
agitação, podemos tomar uma decisão tão vital de forma segura? Sim, precisamos!
Existe uma urgência nos impulsionando a prosseguir. Nós agora temos certeza que
devemos apontar para a cabeça ou no coração. Nós miramos cuidadosamente e
deliberadamente e esperamos pelo segundo comando – “Fogo!”
Nós puxamos o gatilho, recuando pela força que
descarregamos. Por um momento fechamos os olhos para apagar a imagem que nos
espera, e o abrimos imediatamente.
Em nossa frente se encontra uma destruição
sangrenta. É muito mais real e horrível do que imaginávamos ser possível.
Estamos chocados pela devastação e começamos a questionar os comandos do
sargento, que agora se encontra estranhamento em silêncio.
Está
ilustração mostra claramente como as coisas podem se modificar em instantes se
ouvirmos esses comandos e vozes que nos impulsionam a agir no momento de acordo
com o que estamos sentido e não com o que a Palavra diz.
O que
podemos fazer a respeito?
Orar e
pedir ao Espírito Santo que nos mostre e nos alerte quando esses pensamentos
forem lançados. E quando percebermos estes pensamentos, devemos confessar o que
a Palavra diz a respeito dessa determinada situação. Se um pensamento for
lançado contra uma pessoa, abençoe essa pessoa, ore por ela e fale coisas boas
a respeito dela para as pessoas. Não deixe que esses pensamentos negativos
sejam plantados e você saia por ai, falando mal dessa pessoa, ou plantando
pensamentos negativos sobre essa pessoa em outras pessoas.
Temos que
agir contra essas sementes negativas, com a Palavra e não nos tornamos passivos
as obras desse acusador dos irmãos.
Reconhecer... Orar...Agir!