Eu vi recentemente um post no Facebook que dizia algo assim: "Só
entendemos o que nossa mãe fez quando estamos prestes a nos tornarmos
mães". Quão verdadeiro é isto né?
Muitas vezes na minha adolescência, quando via meus pais brigando ou
discutindo pensava: "Para mim era melhor que se separassem do que viver
assim". Na juventude nossa visão da vida é muito limitada, apesar de
acharmos o contrário. Nossos sentimentos e hormônios estão a flor da pele e tomamos
decisões dessa forma, tudo se torna um "tudo ou nada".
Mas a vida real e madura é bem diferente disso, e conforme vamos
crescendo, vamos entendendo isto melhor. Hoje quando olho para a minha enteada
vejo quão horrível e maligno é se ter os pais separados. O quanto isto afeta um
filho, quer ele queira quer não (claro que existem exceções para
relacionamentos doentios entre pais). Mas no geral, filhos querem pais que se
amem e que demonstrem isso. Não há segurança maior para um filho do que o amor
entre os pais. Troca de carinhos, beijos, abraços e palavras de afeto.
Eu fui forçada a um papel de madrasta quando me casei com meu marido. E
ciente de que lidaria com uma criança que poderia vir a ter problemas com essa
dinâmica. Esta menina, apesar de sua situação familiar complicada é muito
amorosa e carinhosa. Em certo momento houve sim confusão devido ao
relacionamento complicado entre os pais dela.
Crianças gostam de testar adultos e facilmente enxergam seus pontos
fracos. Ter que "lidar" com ela foi muito desafiador para mim como
pessoa, e como mulher. Por quê? Porque eu comecei a me lembrar de mim como
criança, como lidaram comigo em certas situações e como eu gostaria que tivesse
sido. Quando eu nasci meus pais não conheciam a mensagem da Palavra e minha mãe
era uma pessoa extremamente impaciente.
Meu relacionamento com essa criança me trouxe lembranças, algumas muito
doídas. Além de aflorar em mim este lado impaciente. E de repente me vi tendo
estes sentimentos que minha mãe tinha, de impaciência, intolerância. Ao mesmo
tempo, não queria me sentir assim, porque via a fragilidade dela como criança,
fragilidade que eu tinha quando criança...
Porque vemos tantos casos hoje em dia de padrastos e madrastas que
mataram os enteados? Que rejeitaram, que feriram? E não só isso, próprios pais
cumplices disso?
Simples, porque vivemos em uma sociedade extremamente egoísta.
Quando me deparei com tantos desafios e me vi incapacitada de lidar com
isso, sabendo a forma que Deus vê a situação e como Ele lidaria com isso, fui
obrigada a recorrer a "força maior".
Ouvi um especialista dizer: "A criança não entende as situações,
mas ele sente." E de fato ela conseguia sentir minha irritabilidade e isso
refletia nas reações dela.
Então no momento em que minhas forças e conhecimento chegaram em seu
limite, fiz uma oração: "Senhor, me ensine a lidar com ela, me ajude, me
mostre como. Obrigada Senhor, porque VOCÊ é minha condição de lidar com ela, de
AMAR e ACEITAR ela como ela É."
Muitos pais quando tem filhos criam expectativas de como querem que o
filho seja. Esperam um menino e vem uma menina. Querem um estudioso e vem um
esportista. Mas a realidade é que esse filho nasce com aptidões e dons que não
cabem aos pais escolherem ou ditarem como seja. Essa expectativa gera rejeição.
E essa rejeição gera pessoas mal resolvidas.
"O rejeitado rejeita. O curado abraça." Nana Shara
Esta simples oração trouxe tanta cura, libertação e leveza na minha
vida, que fica até dificil explicar. Eu passei a ver aquela menina totalmente
diferente. Ela tem as vontades dela, a personalidade dela. E eu pude enxergar e
aceitar ela como ela é. E isso se refletiu em nosso relacionamento. Pois a
criança sente!
Quantos pais eu vejo se irritarem com a criança, por ela ter atitudes de
CRIANÇA. Justamente por não aceitarem a criança como ela é, criança. Levam a
criança ao restaurante e esperam que ela tenha um comportamento adulto.
Crianças querem brincar, chamar atenção e ser entretidas. Esta é a beleza de
ser criança, de viver em uma realidade totalmente diferente, de inocência, de
brincadeira, de falta de preocupação.
Vejo também muitos pais comparando filhos, ou comparando seu filho com
outras crianças, quando cada criança é diferente. Cada criança tem seu jeito de
aprender, de lidar com as situações.
Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e
perguntaram: "Quem é o maior no Reino dos céus? "
Chamando uma criança, colocou-a no meio deles,
e disse: "Eu lhes asseguro que, a não ser que
vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos
céus.
Portanto, quem se faz humilde como esta criança,
este é o maior no Reino dos céus.
"Quem recebe uma destas crianças em meu nome,
está me recebendo.
Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos
que crêem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se
afogar nas profundezas do mar.
Nós crescemos e deixamos de lado este lado infantil, que crê, que
confia, que perdoa... E nos tornamos adultos duros de coração. Mas Jesus quer
que sejamos crianças no nosso modo de crer e enxergar as coisas. Ele quer que
voltemos a este estado de inocência, de fé, de fácil perdão.
Então, pai e mãe, se vocês estão tendo dificuldades com seus filhos ou
enteados, porque não começar a fazer essa oração juntos? Filhos, se vocês estão
tendo dificuldades com seus pais, porque também não fazer essa oração? Afinal,
temos que aprender a amar os pais que temos, independente de como eles sejam.
Muitos pais assumem que sabem o que seus filhos precisam, sem nunca pergutarem a eles, ou procurarem observar sua necessidade. Minha mãe sempre diz que achava que sua presença em casa era suficiente para nós, mas ela nunca veio nos perguntar o que nós achavamos ou queriamos. Para mim em especial, teria significado muito se ela tivesse passado um tempo brincando comigo. Estou falando isso não para criticá-la, mas para dar um exemplo.
Somente o amor INcondicional pode penetrar a mais
profunda ferida e curá-la. Trazer cura para os relacionamentos conturbados,
confusos.
Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. João 15:9
Veja, o Pai amou tanto Jesus que possibilitou a Jesus se oferecer como sacrifício
de amor por nós. Este amor nos traz leveza em nosso dia a dia. Quando passamos
a ver o outro pelos olhos de Jesus mudamos completamente nossa perspectiva e
nossas atitudes.
Relacionamentos são complexos, pessoas são complexas, cada um de nós
carrega dentro de si uma porção de coisas (insegurança, fraquezas, alegrias,
talentos, etc..). Por isso não podemos depender da nossa própria força,
precisamos buscar em Deus o que falta em nós, e TAMBÉM, buscar profissionais
nas áreas que não temos conhecimento.
Se seu filho está tendo atitudes estranhas, ou está muito quieto, ou
muito agressivo. Não pense, ele é assim e ponto. Busque o porque
dele estar tendo estas atitudes. Se precisar falar com um profissional faça isso (de preferencia um profissional que tenha as mesmas crenças que você).
Porque uma pessoa de fora pode ver coisas que você não vê, e te ajude a ajudar
seu filho.
Também recomendo aos pais a leitura do livro As Cinco Linguagens do Amor das Crianças. O livro está disponível para compra neste link. Segue abaixo a sinopse do livro:
Você sabe falar a linguagem de amor de seu filho? Cada criança possui uma linguagem de amor principal e específica, uma maneira através da qual ela compreende melhor o amor do pai e mãe. Este livro ensinará você a reconhecer e falar a linguagem de amor fundamental de seu filho, e o informará sobre as outras quatro linguagens de amor utilizadas entre os seres humanos.
Um Plano de Ação incluído no final do livro o ajudará a conseguir isto. Para tornar-se um adulto responsável, seu filho precisa ter certeza de que é amado. E ele só poderá obter essa certeza através de uma dessas cinco linguagens: Qualidade de Tempo, Contato Físico, Presentes, Atitudes de Serviço, Palavras de Afirmação.
Descubra a principal linguagem de amor de seu filho para que ele possa sentir melhor o amor que você tem por ele.
Vou fechar este post com este vídeo que vi recentemente, falando sobre mães. Todas as mães tem suas fraquezas, traumas, mas não é por isso que vamos aceitar isso, podemos aprender a ser diferente e fazer a diferença em nosso lar.
O título do vídeo é: Quando a mãe faz mal. E como elas mesmas falam no vídeo não é para trazer tristeza ou para ridicularizar mãe alguma, mas para trazer a tona problemas existentes para que eles sejam trabalhados.
Nossa que post excelente! Adorei! Carregarei comigo essas lições. Bjs!
ResponderExcluirObrigada Sandra!! Quando você tiver os seus divide com a gente as experiências! =) bjs
ExcluirMuito bom este post.
ResponderExcluirQuem é esta menina que esta na foto com vc Denise, é sua enteada?
Silvia
Sim, é minha enteada Silvia! =) Fico feliz que tenha gostado do post!
ExcluirDenise mto bom! N vi o vídeo ainda, mas o q escreveu é tão claro ! Pena q às vezes passamos por situações q se tivéssemos nos empenhado em entrar mais em Deus, teria sido tão diferente.. mas q bom q Deus é DEUS DE SEMPRE e sempre haverá uma oportunidade p exalarmos o " bom perfume de Cristo" ao nosso redor, ainda q n seja mais naquela situação. Mas eqto estamos vivos, isso será nosso grande alvo, porque Ele nos amou primeiro...então temos toda condição.. ESCOLHAS.. DESDE O AMANHECER!!!! Bjus querida e uma gde abraco no Caleb e na sua Silvia q um dia conheceremos!
ResponderExcluirOi Fê! Com certeza, o bom é que Deus sempre nos dá oportunidades! Sim, temos toda a confição Graças a Jesus!! Que delicia!
ExcluirUm grande abraço para você, Roberto, Gabriel e Marco =)
Que benção! Eu creio que Deus tem te levado ao amadurecimento com essa situação. E isso tudo é cura para você e para ela! bjs
ResponderExcluirPatricia, foi um grande cura para mim mesmo!!! Glória a Deus por sua paciência em nos conduzir né? =) bjs
Excluir